A semana que marca o início da Superliga, com a festa de lançamento
da competição marcada para quarta-feira, em São Paulo, promete ser tensa
nos bastidores e pode acabar, em última instância, no tapetão. Isso porque CBV e (uma parte do) Volta Redonda estão em rota de colisão.
Entenda o caso
O desentendimento começou a ganhar forma com uma tentativa de
desvincular o time masculino de vôlei dos laços que mantém com Volta
Redonda Futebol Clube, pouco mais de dez dias atrás. A atitude partiu da
prefeitura da cidade e teria o apoio da CBV. O primeiro passo foi criar
um novo clube (Volta Redonda Esportes), que seria apenas da prefeitura e
sem a participação do clube de futebol, e vinculá-lo à Federação
Carioca. Para os leigos, uma pequena explicação: o vínculo numa
federação estadual é o primeiro passo para legalizar uma equipe para
disputa das competições organizadas pela Confederação Brasileira. Ao
saber da tentativa, os dirigentes do Voltaço – liguem sempre esse termo
ao futebol -, pegos de surpresa, se revoltaram.
Eles alegam que o Volta Redonda Futebol Clube tem o direito à vaga,
já que nas últimas edições da Superliga o registro do time aconteceu com
o CNPJ da entidade futebolística. Já a visão que seria compartilhada
pelos dirigentes da CBV é de que o direito é da prefeitura, que
sustentava financeiramente grande parte do projeto.
Uma pesquisa pelo site da CBV comprova a tese pelos dirigentes do
Voltaço. Na ficha do time nas últimas temporadas, inclusive na atual,
aparece as seguintes informações: Nome Fantasia: VOLTA REDONDA. Nome do
Clube: VOLTA REDONDA FUTEBOL CLUBE. No ícone para obter informações
sobre a equipe, estão as imagens do brasão da prefeitura e o escudo do
time de futebol do Volta Redonda.
Durante a semana tensa, um dirigente do time do vôlei foi demitido
por ter tentado a filiação na Federação Carioca sem avisar o clube de
futebol. Conversas entre os lados envolvidos no imbróglio aconteceram,
mas a situação ainda não foi definida.
Pelo que apurei, não está descartado, caso a situação atual
persista, uma batalha no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, algo
que poderia até paralisar a Superliga.
Por: Daniel Bortoletto. (LanceNet!)
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